3 de agosto de 2011
A uncao da galinha
Deixando um pouco de lado o assunto do galinheiro, Deus usou mesmo a boca de uma jumenta. É claro que sim, mas não como se ela fosse um profeta de Deus, que diz “Assim diz o Senhor”. Sabemos que jumentas não falam; não raciocinam como homens, pois não foram dotadas da mesma capacidade humana para falar. Como teria aquela jumenta raciocinado e repreendido o profeta, que a espancava?
Foi Deus mesmo quem abriu a boca da jumenta. E foi somente depois de Balaão ter reconhecido o seu erro, ao ouvir as palavras do animal, que Deus abriu os seus olhos! “Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes? (...) Porventura, não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo que eu fui tua até hoje? Costumei eu alguma vez fazer assim contigo? E ele respondeu: Não. Então, o Senhor abriu os olhos a Balaão...” (Nm 22.28-31). O profeta só viu o anjo depois de ter ouvido a repreensão da jumenta!
É, pois, um equívoco pensar que Deus apenas abriu a boca do animal, que, por conta própria, raciocinou, articulou bem as sílabas e impediu a loucura do profeta! Deus abriu a boca da jumenta e lhe deu palavras inteligíveis, como se fosse uma pessoa falando, a fim de repreender Balaão (II Pe 2.16). Isso foi um milagre, uma ação divina sobrenatural! Não houve mensagem profética, do tipo “Assim diz o Senhor”, mas, quanto ao fato de Deus ter usado a jumenta, não há dúvidas.
Bem, voltando ao episódio da galinha que teria falado em línguas angelicais, sendo interpretada por um galo, em um galinheiro repleto de aves “batizadas com o Espírito Santo”, afirmo que, como servos do Senhor, não devemos interpretar a Bíblia à luz das nossas experiências, e sim estas à luz da Palavra de Deus. Esse “testemunho“ é aberrante, antibíblico e blasfemo.
Não há nenhum caso similar no Novo Testamento. Mas os defensores de "testemunhos" como esse recorrem a passagens bíblicas isoladas, fora do contexto, dizendo ter a "unção da loucura de Deus", fazendo uma interpretação forçada de I Coríntios 1.25, que não menciona a loucura de Deus de modo literal. Ali a ênfase recai sobre a grandeza da sabedoria de Deus em comparação com a limitada sabedoria humana (cf. I Co 2.1-10). Tanto que o versículo menciona também a "fraqueza de Deus". Por que os milagreiros da atualidade não pregam sobre a "unção da fraqueza de Deus"?
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